domingo, 27 de setembro de 2015

A CIDADE QUER RESPIRAR.


CIDADES CRAVAM GUERRA CONTRA O LIXO 


Um dos principais problemas encontrados nas cidades, especialmente nas grandes é o lixo sólido, resultado de uma sociedade que a cada dia consome mais. 
Esse processo decorre da acumulação dos dejetos que nem sempre possui um lugar e um tratamento adequado. Isso tende a aumentar, uma vez que a população aumenta e gera elevação no consumo, e consumo significa lixo. 

Para ter uma noção mais ampla do problema tomemos a cidade de São Paulo como exemplo, em média cada pessoa produz diariamente entre 800 g a 1 kg de lixo diariamente, ou de 4 a 6 litros de dejetos, por dia são gerados 15.000 toneladas de lixo, isso corresponde a 3.750 caminhões carregados diariamente. Em um ano esses caminhões enfileirados cobririam o trajeto entre a cidade de São Paulo e Nova Iorque, ida e volta. 


 questão do lixo está diretamente ligada ao modelo de desenvolvimento que vivemos, vinculada ao incentivo do consumo, pois muitas vezes adquirimos coisas que não são necessárias, e tudo que consumimos produzem impactos. Há aproximadamente 40 anos a quantidade de lixo gerada era muito inferior à atual, hoje a população aumentou, a globalização se encontra em um estágio avançado, além disso, as inovações tecnológicas no seguimento dos meios de comunicação (rádio, televisão, internet, celular etc.) facilitaram a dispersão de mercadorias em nível mundial. 

Antes do processo da Primeira Revolução Industrial o lixo produzido nas residências era composto basicamente de matéria orgânica, dessa forma era fácil eliminá-los, bastava enterrar, além disso, as cidades eram menores e o número da população restrita. 

Mais tarde com o crescimento em escala mundial da industrialização, acelerado aumento da população e dos centros urbanos, que ocorreu principalmente na segunda metade do século XX, desencadeou um aumento significativo na quantidade de lixo e variedades em suas composições. Atualmente quando compramos algo no supermercado o lixo não é apenas gerado pelo produto em si, pois existe a etapa de produção (cultivo, extração de minérios, transporte, energia) e depois para o consumidor final tem a sacola e o cupom fiscal. 


Nas cidades que contam com serviços de coleta do lixo esse é armazenado em dois tipos de “depósitos”: os lixões nos quais os dejetos ficam expostos a céu aberto e os aterros sanitários onde o lixo é enterrado e compactado. 
Os lugares que abrigam os depósitos de lixo geralmente estão localizados em áreas afastadas das partes centrais do município. 

É comum em bairros não assistidos pelo serviço de coleta de lixo que o depósito dos lixos seja em locais impróprios, como encostas, rios e córregos. 
A população desses bairros negligencia os sérios danos que tais ações podem causar à biodiversidade e ao homem, diante disso destaca-se: dispersão de insetos e pequenos animais (moscas, baratas, ratos), hospedeiros de doenças como dengue, leptospirose e a peste bubônica.
O lixo acumulado produz um líquido denominado de chorume, esse possui coloração escura com cheiro desagradável, a substância gerada atinge as águas subterrâneas (aqüífero, lençol freático), além disso, existe a contaminação dos solos e das pessoas que mantêm contato com os detritos, deslizamentos de encostas, assoreamento de mananciais, enchentes e estrago na paisagem. 

Os lixões retratam além dos problemas ambientais os sociais, a parcela da sociedade excluída que busca nesses locais materiais para vender (papéis, plásticos, latas entre outros), às vezes as pessoas buscam também alimentos, ou melhor, restos para o seu consumo, muitas vezes estragados e contaminados, demonstrando o ápice da degradação humana. 

Não quebrada, não é assim!!

Por onde andamos vemos os males ao planeta, poluição de todas as formas possível e quando ela aparece na sua frente ou em seu cotidiano?

Lixo na calçada do bairro - foto: Iago Andrade

Por onde andamos vemos pessoas, carros, árvores que restam, casas e o lixo mas, quem se importa com os resíduos? é assim que tratamos o maior mal do século, o LIXO. Todos nós queremos algo limpo, bonitinho e arrumado mas não queremos se responsabilizar por absolutamente nada, deixamos lá a deriva achando que algo vai acontecer e ele vai ser retirado por livre e espontânea vontade de alguém.


Fui andando pelas ruas do bairro em um trajeto que faço do ponto de ônibus até minha casa e encontrei coisas absolutamente grotescas, caixas de madeira com lixo do resto de uma feira que tinha acontecido em um Domingo exposto ao sol até o dia de quarta-feira, o detalhe era, não possui nenhuma lixeira próxima ao local e além disso o local era uma praça onde mães levam os filhos para lazer melhor, uma bela recepção você chegar em uma praça e ver pilhas e mais pilhas de lixo.

Papelões "Escondidos" em um poste - foto:Iago Andrade

A coleta de lixo passa pelo local diariamente uma avenida bem movimentada da zona sul é o local desta poluição, moradores que optaram por não gravar entrevista disseram: ''Pode passar o caminhão de coleta 7h30 da manhã, quando for 8h30 tem mais lixo ainda, assim não adianta" uma pena para o local, uma coisa sem solução.

Mais a frente próximo a minha residência encontrei lixo de construções que ainda estão no local a deriva e ninguém retirou, a chuva chegou e a área tem uma corrente de água muito forte em dias de tempestade e o que vai acontecer? oque todos nós sabemos, os alagamentos!



Caçamba de entulho na rua - Foto: Iago Andrade

Nenhuma solução, chegou a época de chuva e o que resta é proteger suas casas, a coleta passa mas nada se resolve, isso é uma praga chamada HOMEM que nunca irá se resolver.